Visitar o Parque Estadual Ambiental do Utinga é como ter a experiência de entrar num portal mágico. Basta deixar a rotina da vida corrida um pouco de lado e se embrenhar floresta à dentro, em uma das 11 trilhas ecológicas da unidade de conservação, localizada bem no pulmão da cidade de Belém. Além de opção de lazer, o lugar é perfeito para curtir as férias.

Mas antes de mergulhar nessa aventura, é importante saber que para aproveitar pelo menos sete trilhas (as maiores e de mata mais fechada), é necessária a ajuda de um condutor ambiental e de um auxiliar de retaguarda, que são uma espécie de guias dentro da floresta e conhecem bem o lugar. São eles que dão orientações importantes para os visitantes durante o passeio.

Foto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará

E quem entra ali se sente convidado a proteger esse santuário natural, que nem parece estar no coração da capital paraense. Caminhando na trilha, a floresta ora encanta com o som dos pássaros e cigarras, ora traz uma paz e um silêncio ensurdecedor. É assim que o visitante se desconecta do meio urbano e se torna parte da natureza. Aos poucos, vai conhecendo as árvores centenárias, algumas com mais de 25 metros de altura, plantas e cipós. Todos guardam lendas e sabedorias populares.

Educação ambiental – Além de oferecer o turismo ecológico de aventura, o Parque Ambiental do Utinga tem como principal objetivo promover a educação ambiental. Grupos de crianças, jovens e adultos fazem visitas guiadas, diariamente, no espaço.

Cerca de 40 alunos do 8º e 9º da Escola Estadual Maria de Nazaré Marques Rios, que fica no conjunto Icuí Guajará, em Ananindeua, e fazem parte do Programa Territórios pela Paz (TerPaz) visitaram o parque, na sexta-feira (6).

Foto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará

Como coordenadora de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) no Terpaz, Andreia Monteiro falou da importância de incentivar esse tipo de visita ao espaço. “É para se sensibilizar sobre as temáticas ambientais. O grupo vai agora fazer a trilha do Patuá, com ajuda de uma guia do Ideflor-bio, depois seguirão para conhecer o Lago Bolonha e entender que é daqui que sai a água que temos em casa. Eles estão ansiosos e, para a maioria, é a primeira vez”.

O Batalhão da Polícia Ambiental (BPA), da Polícia Militar do Pará, também organiza passeios nas trilhas com o objetivo de promover a conscientização ambiental. “Não é só um passeio, uma diversão. A gente quer dizer para eles que a selva tem de tudo, aqui encontramos alimento, abrigo, fogo, água, por isso não podemos destruir, se desfazer. Ensinamos eles a não desmatar, a não jogar lixo, a não poluir”, reforçou o sargento Valcir Chagas, do BPA.

“No meio do caminho, ele vai explicando pra gente que antigamente não tinha espaço como esse e que precisamos preservar para que mais pessoas possa experimentar no futuro. E a gente vai tendo consciência disso. Eu estou gostando muito dessa experiência”, disse Marcely da Silva, 15, minutos antes de chegar até o Lago da Mariana com o grupo de 30 adolescentes de Marituba, guiados na trilha por policiais do BPA.

O Parque Estadual Ambiental do Utinga é administrado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), órgão responsável também pela capacitação dos condutores ambientais.

Serviço:
Parque Estadual Ambiental do Utinga (Peut).
Endereço: Avenida João Paulo II, s/n, bairro Curió-Utinga.
Para agendar passeios em trilhas e visitas monitoradas, escolas e institutos e demais interessados devem entrar em contato pelos telefones: (91) 98413-0915 / 98192-8753. 

(Por Jackie Carrera (SECOM) Agência Pará)