Mandiocaba é um tipo de mandioca e também é uma cidade no Paraná que se encontra próximo a Paranavai,exatamente 28 km, mais não vamos falar da cidade e sim da própria Mandiocaba que com ela você faz inúmeras coisas!
O processamento da mandioca para a eliminação do ácido cianídrico é muito antigo, sendo que inúmeras tecnologias foram desenvolvidas pelos diferentes grupos humanos, como o tipiti, que é um cesto fabricado com talas de aruman.

O uso do tipiti é característico de algumas nações indígenas, sendo que, em algumas regiões do Brasil, como a tribo Tapirapé no Brasil Central e na parte superior da bacia do Xingu, não são encontrados relatos da utilização dessa tecnologia; apesar de ser a mandioca o alimento principal tanto entre esses índios do Araguaia, como entre aqueles xinguanos. Informações referentes à existência e localidade dos equipamentos utilizados no processamento da mandioca constituem importantes ferramentas que auxiliam na localização das variedades de mandioca brava no território brasileiro.

Descrevem um tipo distinto de mandioca com alto teor de água e baixos teores de amido e matéria seca. Esses cultivares eram utilizados pelos pré-colombianos na Amazônia, e são conhecidos como mandiocaba pelos novos pesquisadores da Amazônia.

São considerados como pertencentes a uma nova classe de mandioca devido ao alto teor de açúcar livre. Outra evidência, descrita pelos irmãos Villas Bôas, em 1989, é a distinção feita pelos índios Kayabí do Rio São Manuel, no Xingu, de três grupos de mandioca: brava (Manióp-veté), mansa (Manióp-atatá) e doce (Mania-acáp).

Bebidas peculiares da microrregião paraense do Salgado (parte do Pará banhada pelo Oceano Atlântico, cujas águas se misturam às dos rios), em tempos idos pontificavam, soberanas, nas festividades dos santos padroeiros de cada município, sendo altamente procuradas pelos nativos tanto quanto pelas “pessoas de fora” (visitantes) que, ao as experimentarem pela primeira vez, encantavam-se com o sabor exótico e característico.

Eram feitas, tradicionalmente, pelos mais idosos que as vendiam, apenas, nessas festas ou as ofereciam àqueles que hospedavam. Nessa época, carente de geladeiras e freezers, a procura era grande e a oferta maior ainda.

Hoje, entretanto, as coisas mudaram e já é difícil encontrá-las em qualquer festividade que demande grandes aglomerações de pessoas, máxime de turistas, por dois motivos: 1º) as pessoas preferem consumir cervejas e refrigerantes; 2º) porque os poucos que aprenderam a fazê-las com os pais, há muito falecidos, dada a parca rentabilidade, posto que a procura é pouca, preferem vender outros produtos para obterem maiores e melhores lucros.

Somente no dia de Finados é possível encontrarem-nas porque, nessa data, o povo (os domiciliados e os que vêm de outras localidades para honrar os seus mortos) faz questão de apreciá-las e, assim, revive-se a tradição.

Algumas bebidas feitas especificamente pela a mandiocaba:

Manicuera :

Bebida feita do tucupi da mandiocaba (tipo de mandioca). Deve-se ferver o tucupí da mandiocaba, depois deixar descansar por 2 horas; após esse descanso, leva-se ao fogo junto com o arroz e cubos cortados de macaxeira, até transforma-se em xarope.

Após 12 horas de feita, a mandiocaba tende a azedar, alterando-se o seu sabor e, por conseguinte, sendo prejudicial à saúde de quem a ingerir. Isso ocorre pela diversidade da mistura de amidos: o da própria mandiocaba, o do arroz e o da macaxeira.

Depositada em vasilha de plástico, não se sabe por que química, a goma da mandiocaba cria uma extrema viscosidade, prejudicando, assim, a feitura da manicuera. O mesmo não sucede se a vasilha utilizada for de barro, de vidro e/ ou de alumínio.

Importante detalhe dessa bebida é que não pode ser ingerida após 12 horas preparada.

Guariba:

Supõe-se também não constar registro dessa bebida, de preparo indígena, ou seja, dos silvícolas do rio Caeté, no Pará.

O elemento vegetal usado é a mandiocaba (espécie de mandioca doce), cultivada pelos roceiros. Raspada a casca do tubérculo, a massa formada, tão doce quanto o açúcar, é comprimida em beijus, envolvidos em folhas de sororoca da várzea e postos no forno de barro, para assar. Feita esta operação, levam-se os beijus para o interior da mata, onde foi levantado um jirau, de meio metro de altura, com estrado de varas coberto de folhas de sororoca; aí colocam-se os beijus, novamente cobertos de folhas, pondo por cima outras varinhas.

Decorridos 10 a 15 dias, para a fermentação, os beijus começam a pingar, dizendo os nativos que a “guariba está mijando”; isto notado, os beijus estão em condições de serem retirados do jirau, e a porção de massa formada é posta em alguidares, com água suficiente para ir-se dissolvendo e ser coada, já adoçado todo o líquido pela mandiocaba.
Pronta como está pode servir-se em copos, cuias, tigelas, como fazem nas festas de santos e diversões familiares.

Existe uma superstição relacionada com essa bebida guariba: a pessoa incumbida, desde o ralamento, até os bijus “mijarem”, fica privada (homem ou mulher) de comer molhos picantes e sal; também terá de se abster de relações corporais, mesmo sendo esposa e marido. Infringidas que sejam estas regras, que os índios respeitavam, fica a guariba azeda, aguada.


O nome da bebida está ligado à observação de que o macaco guariba “está mijando de vez em quando”, o que sucede com os beijus da mandiocaba, quando fermenta.

Com a Mandiocaba se faz muitas coisas como um ótimo bolo que é típico da região do Paraná e muito famoso na cidade Mandiocaba/PR:

Bolo de Madalena:

INGREDIENTES:
• 1 kg de mandioca
• 1 kg de peito de frango
• 500 gramas de presunto
• 500 gramas de mussarela
• 1 cebola grande, bem picada
• 3 tomates (picados)
• Cheiro-verde
• Sal a gosto

MODO DE PREPARO:
Descasque a mandioca, cozinhe-a numa panela grande e amasse-a bem, deixando-a com uma consistência firme, mas não dura, quase um purê. Cozinhe o frango em outra panela e desfie-o em seguida. Adicione a cebola, o tomate, o cheiro-verde, sal a gosto, e misture-os bem com o frango, para fazer o molho.

FINALIZAÇÃO DO PRATO:
Monte a Madalena numa travessa, em duas camadas. Primeiro, espalhe 1/2 (ou 1/3, dependendo do gosto do cozinheiro) da massa de mandioca. Coloque 250 gramas de presunto (se a opção for por 3 camadas, pouco mais 150 gramas), 250 gramas de mussarela (idem, caso haja 3 camadas), e metade do molho. Cubra com o resto da massa de mandioca, faça outra camada com os ingredientes que sobraram, salpique orégano e leve a torta ao fogo para gratinar!

Fontes & imagens: http://revistagloborural.globo.com/
http://www.abam.com.br – http://www.revistanossopara.com.br/ – http://www.capuchinhosrs.org.br/